Esperança II
Desce a noite e já é clara a manhã
Rompe na alva o sol ao amanhecer
Lembra-me que não haverá amanhã
Uma dor sem tardar parece crescer
Avança dentro do anúncio temporã
Essa é da amargura não vai morrer
Balão furado cheio de esperança vã
Desse mal, maldito, irei eu padecer
Relego a esse sentimento marginal
A premissa de vir a mim como favor
Loucamente, mas como algo banal
O rancor parece queimar com ardor
Trata de esperança simples, afinal
Encontrar o amor, findar com a dor