Trajado em loucura
Segue doce no pranto dos oceanos
A lágrima salgada pelos véus,
São véus que me adornam entre panos
Rasgados e tempestuosos dos céus.
Cubro meu rosto feio pelo ir dos anos
Em roupas que já não vestem troféus,
Conquistas dos monólogos que insanos
Fogem desses delírios e dos léus.
Sigo por uma sombra do eu-defunto;
Um morto em pensamento saturnino,
E solto nesta confusão do assunto
Decrépitas odes ao mar possível.
Assim morrer ceifam o que me atino,
Morrer neste afogar todo invisível.