Paixão sangrenta
Golpeia facas de dor no meu peito,
com teu ódio endêmico de rancor,
fez-se rio de sangue do que era amor...
que mal esta paixão me tem feito!
Eu que antes te trouxe a venusta flor,
definhou, ao ver o amargo despeito,
que surge do teu penoso rejeito,
e consome todo meu dissabor,
Oh, queria eu ter o esquecimento,
e pagar de vez todo este tormento!
Mas não há remédio para esta chaga.
Que me devora a alma e o coração,
Só espero a morte como salvação,
para acabar com esta dor que me esmaga.