DONZELA
Minha pureza entreguei-te plena,
Deste-me o que tinhas de melhor,
No teu acolchoado, ali fui tua,
Sem ater-me ao medo posterior.
Minha inocência quedou-se,
Dei-te o que me era mais caro,
Acomodada em teus braços,
Recebi um acolhimento raro.
Minha consciência abalou então,
Quando afrouxou o teu abraço,
Já crescente em mim a solidão.
Minha satisfação evaporou-se,
Porém, já tinha efeito o estrago,
Tornou-se ácido o que era doce.
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