Doído riso
Da face saltava um doído riso,
que exprimia uma alma em confusão
entre o prazer fugaz e o mal preciso,
entre a fantasia e a desilusão.
De que serviria o amargo sorriso,
com o peito a negar a perdição,
de ver a calma perder teu juízo
e de sentir sem cor teu coração.
Melhor seria se chorasse tudo
e desabafasse o tormento mudo,
do que fingir a alegria ilustrada…
Pois quem chora sabe o que é sofrer
e só quem sofre pode então entender
a dor que se esconde em cada fachada.