A MÁSCARA DOS SONHOS

 

Jaz o dia agonizando lentamente

Dando lugar à Solidão noturna

Que enche o ar de sacrílega soturna

Volúpia vã a crescer languidamente.

 

Do fausto Apolo a pálpebra fremente

Fecha-se ao rijo rorejar da Urna

Das Horas que anuncia ao fim da furna

Que a Noite é uma criança novamente.

 

Então às vozes das amadas loucas

Junta-se o coro espectral dos sapos

Em esquecidas cantilenas roucas

 

Lembrando antigos sonhos dissipados -

Vãos, aventureiros, meus sonhos guapos -

Temíveis Cavaleiros Mascarados!

 

Melgaço, Pará, Brasil, 16 de outubro de 2012.
Composto por Léo Frederico de Las Vegas.
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