SIDARTA (série: um soneto para um livro)
Ter tudo é para o homem armadilha
Tira-nos o ímpeto, os sonhos e a gana
Sidarta, vazio, juntou-se aos samanas
Para encontrar o sentido da vida.
Mas no outro extremo não teve resposta
Pois a abnegação é viver em círculos
Silêncio, solidão, prazer e vícios,
São apenas nossas fraquezas expostas.
Nos braços de Kamala uma ilusão,
Ou será que ilusão é o celibato?
A via certa é a do amor ou da razão?
O equilíbrio deve ser nosso alvo,
O ponto entre a mente e o coração
Contém o melhor dos sonhos e dos fatos.