Reminiscências em um bosque antigo
Ia a noite cobrindo o campo santo,
Tuas cruzes enlutavas o luar,
E assim como uma estrada sem um canto,
Vigiava-lhe calado sem cantar.
Levavas do poente o seu encanto,
E no peito um velho sino a dobrar...
O silêncio que ouvistes o meu pranto
Já não ouves mais aqui eu prantear.
A lua amiga que olha os trovadores,
Seguia-me distante e vagarosa,
Envolta pela seda dos palores...
E era o mesmo sonho que tu sonhaste:
Na estrada vicejavas uma rosa
Que o vento da manhã não desfolhaste...