Soneto libertino
Escrever ou não escrever?
Na sincera peça da vida
Fechar o teatro, envelhecer?
E sumir na plateia querida?
Talvez um vôo livre sem asas
Onírica escrita libertária
Na forja da rima que perturba casas
Talvez tudo seja fogo de palha
Errante verso que navega por aí
Sedento de pertença e carinho
Assombroso ao anjo que queira dormir
Orai poeta, eis o melhor caminho
Talvez surja um soneto imperfeito
Pois esse celular, é sina e desalinho
Decimar da Silveira Biagini