MEU CÁRCERE E MEU QUINHÃO DE CADA DIA
Teu decote mexe com os meus brios
E a libido vem suave à flor da pele
Sussurrar blasfêmias e calafrios
Em gozo intenso e a volúpia me impele
A ver teus seios: náufragos pelos rios
À deriva de um olhar que escalpele,
Levando ao perau do encanto - navios
Em um fulvo rubor que os descabele!...
Teu pródigo decote é salvação
Para a minha notívaga poesia
E o descompasso do meu coração.
Mas de outra forma ser não poderia
Teu busto – meu paraíso e perdição –
Meu cárcere e quinhão de cada dia!
Muaná, Pará, Brasil, 18 de maio de 2010.
Composto por Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr.
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