NÃO TENHO PRESSA!

Pairava um fumo, avesso, na cabeça

Dos vultos que corriam pela avenida...

Distantes no seu ruído, na sua pressa,

Passando sempre ao lado do que é a vida.

Frenéticos, egoístas - não int'ressa!

É certo que avançavam para a morte...

Então que vida, assim. correndo expressa?

- Será mesmo tão curta quanto a sorte?

Ao menos, haja quem avance lento,

No passo suave de um olhar atento

E tão somente corre por medida.

Escuso-me de ser homem cinzento,

Com fumos de quem queima o nascimento

E chama a própria morte na partida!

20-02-2024

AlexandreCosta
Enviado por AlexandreCosta em 20/02/2024
Reeditado em 20/06/2024
Código do texto: T8003138
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