Resiliência

Ergo um olhar ao céu e fico mudo;

arde em meu peito o ensejo que me aquece,

reveste o verso em átimos de prece

e faz da poesia o meu escudo.

Ergo um olhar ao céu e então desnudo,

no íntimo estado, a dor que me emudece;

a perda inusitada faz-se em messe

e o nada que eu temia faz-se em tudo.

E assim, enquanto a tarde fulge e queima,

a minha sorte estreita-se na teima

e o meu pecado antigo não insiste.

Lego ao passado o mal que me angustia,

a tarde é muito mais que o fim do dia

e a vida é muito mais que um dia triste.

Do amigo Jacó Filho:

DIVINA RESLIÊNCIA

Quando olho pro céu em noites claras,

E lembro que somos pó de estrelas,

Sinto no peito uma sensação rara,

Que num poema não dá pra descrevê-la..,

Essa energia tão linda,

Tem começo mas não finda,

Com força que me ampara,

Fazendo-me revivê-la...

Quando olho pro céu em noites claras,

E lembro que somos pó de estrelas...

Do amigo Luis Xavier

Quem nunca sentiu saudade,

Viveu sem amar ninguém.

Viveu somente a metade,

Sem ter a metade de alguém.

Do amigo George Gimenez:

Calo-me ao contemplar o firmamento

Estendido lençol de puro anil

De leste a oeste um salto varonil

É toda a eternidade em um momento.

Geisa Alves
Enviado por Geisa Alves em 20/02/2024
Reeditado em 24/02/2024
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