PÁSSARO MORTO
Pássaro morto, anônimo,
Sob a sombra da árvore.
Até ontem seu cântico
Se ouvia sereno e plácido
Pássaro sem alma nem ânimo
De corpo agora pálido
Asas recolhidas em antivoo tétrico
Tornam-se chão como se fossem atávicas
Pássaro, calou-se a esplêndida
Beleza da sinfonia harmônica
Em melodia e tons mágicos
Pássaro, nos olhos uma lágrima
Porque eras tão belo quanto efêmero
Como efêmero é tudo o que tem fôlego.