APOCALIPSE
Pelo Norte sem norte dessa tarde,
contínuo, continuo todo roteiro
no mapa a mapear o corpo inteiro
lânguido, nessa languidez sem alarde.
Trêmulo, já tremulo mui covarde,
a flâmula que se flamula no outeiro.
Sem ânimo, animo o brasileiro
pérfido na perfídia que o encarde.
Místico, mistifico todo o clima
ríspido nessa rispidez que anima,
cáustico, o caos que logo nos aflora.
Intrínseco, disseco nesse eclipse
vidências, ciências desse apocalipse
que se insurge. Pois é chegada a hora!