APOCALIPSE

Pelo Norte sem norte dessa tarde,

contínuo, continuo todo roteiro

no mapa a mapear o corpo inteiro

lânguido, nessa languidez sem alarde.

Trêmulo, já tremulo mui covarde,

a flâmula que se flamula no outeiro.

Sem ânimo, animo o brasileiro

pérfido na perfídia que o encarde.

Místico, mistifico todo o clima

ríspido nessa rispidez que anima,

cáustico, o caos que logo nos aflora.

Intrínseco, disseco nesse eclipse

vidências, ciências desse apocalipse

que se insurge. Pois é chegada a hora!

Miguel de Souza
Enviado por Miguel de Souza em 18/02/2024
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