Soneto 43: SOBRE ECO DO AMOR
A vida passa, rápida, um sopro leve,
Mágoas e orgulho, tempo desperdiçado.
O que importa é o amor que a gente teve,
E o perdão, muitas vezes, deixado de lado.
Corremos tanto, mas o que é nosso, de fato?
São as obras de amor, a bondade semeada,
Quando o relógio para, é o fim do ato,
E a vida, em um instante, já é passada.
Não sabemos o tempo que ainda resta,
E o mais importante, sempre deixamos para depois.
Na hora final, enfrentamos a dura festa,
De entregar ao Criador, o fruto de nós dois.
Rica ironia, o corpo volta ao pó,
Mas o amor e a bondade, ecoam depois de nós.