O Astro Rei
À tardinha o sol morre no horizonte,
Após um dia de grande labuta;
A natureza se retrai, se enluta
Enquanto ele se esconde atrás do monte.
Qual fênix, é certo que desponte,
Cheio de brilho, para nova luta.
O tempo na ampulheta ele computa,
Mudando a intensidade em sua fronte.
E assim, nasce e fenece a cada dia:
No amanhecer trazendo a alegria,
No brilho divinal que o mundo encanta.
E quando ele envelhece e as trevas gera,
Do mundo algo sinistro se apodera,
Quando a coruja num augúrio canta.
Juazeiro, 17 de fevereiro de 2024.
Humberto Cláudio do Patrocínio