SONETO DA OBSESSÃO NOTURNA
Estou com planos de roubar os olhos da noite,
Espiar teu sono, neste delírio sem fim.
Observar teu corpo em paz, sem açoite,
Como o pintor que em tela pinta a admiração sem fim.
Farei do teu corpo a mais bela obra prima,
Expondo-o como arte na tela do meu olhar.
Teu sono, um sonho que a mente estima,
E eu, espectador, sem poder recuar.
Assim, em silêncio, te observarei dormir,
Teu corpo, tesouro da minha devoção.
Na noite, segredos sem fim a descobrir,
Em ti, a verdadeira beleza em profusão.
Neste devaneio noturno, sem parar,
Teu sono, meu quadro mais belo a contemplar.