O poeta se calou

No ébano noturno, a escuridão do silêncio

As palavras gélidas em meus pensamentos

A voz rixosa grita, no quarto cinza, o vazio

Respingando pelas paredes os seus lamentos

E, neste cenário horripilante da noite

As minhas letras tórpidas, suplicam

Presas neste emaranhado, terrível açoite!

As rimas ente si, já não mais se comunicam!

O desespero aperta, a poesia não se expressa

Versos engarrafados que a minha voz abafou

O tempo passa, o relógio trabalha, tem pressa

O poema, na penumbra da noite, arrebatou !

As rimas se perderam, não encaixam suas peças

Tristeza infinda, naquela noite, o poeta se calou!

Sandra Cristina ***

Sandra Poetisa
Enviado por Sandra Poetisa em 15/02/2024
Código do texto: T7999382
Classificação de conteúdo: seguro