Sou o silêncio que fica depois do disparo.

Sou o silêncio que fica depois do disparo!

O grito impreco, solitário e desesperado,

Um coração que descompassado ainda pulsa.

E uma mente que há muito tempo morreu.

Mas a atividade cerebral nunca cessa!

E assim de modo sempre tão acelerado,

A velocidade com que eu sinto que vivo,

É proporcional a de que estou a morrer.

Desde então com a certeza inerente aos mortais,

Vejo recortes da realidade totalmente desfocada,

Com as dimensões se deslocando cada vez mais.

Já não sei se estou no mundo dos mortos vivos ?

Se os pensamentos me trouxeram ao umbral?

Ou se descanso com os verdadeiros imortais.

Wherther

Elisérgio Nunes
Enviado por Elisérgio Nunes em 12/02/2024
Reeditado em 12/02/2024
Código do texto: T7997393
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