Sou o silêncio que fica depois do disparo.
Sou o silêncio que fica depois do disparo!
O grito impreco, solitário e desesperado,
Um coração que descompassado ainda pulsa.
E uma mente que há muito tempo morreu.
Mas a atividade cerebral nunca cessa!
E assim de modo sempre tão acelerado,
A velocidade com que eu sinto que vivo,
É proporcional a de que estou a morrer.
Desde então com a certeza inerente aos mortais,
Vejo recortes da realidade totalmente desfocada,
Com as dimensões se deslocando cada vez mais.
Já não sei se estou no mundo dos mortos vivos ?
Se os pensamentos me trouxeram ao umbral?
Ou se descanso com os verdadeiros imortais.
Wherther