Madame

Ó pessoa que me arrodia,

Que me presta um riso fútil.

Não eras tu que me impedia

De beijar teus pés, inútil?

Agrada-me com tua ausência

No lar e nos logradouros!

Poupa-me de teus agouros

E evita-me tua insolência.

Nada tens além de sonsa,

Finória inimiga da onça

E enteada de Xangô Agodo!

Afasta-te com teu engodo,

Que em meu peito, um Deus habita

E não abençoa quem coabita!

Poeta Cardoso
Enviado por Poeta Cardoso em 11/02/2024
Reeditado em 24/02/2024
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