CHORANDO DE AMOR

 

Lágrimas frementes de uma mulher no passado.

Visão onírica que suá-la ainda em vão ostenta;

Fascínio louco que na lembrança tem guardado,

O amor-criança que seu egro coração alimenta.

 

Na vastidão do seu líbito vejo-o tão desgraçado,

Por nutrir esperança que julgo dúlcida tormenta,

Festival do supérfluo a conduz ao emaranhado;

Dos sentimentos heus enleados na cata sedenta.

 

Infernal escopo que torna o encanto profanado,

Do esbelto corpo que a Natureza a contempla

Conquista outra desfaz seu intento desesperado,

 

Para na memória seja a renúncia uma ementa.

 E com ampla consciência absolver o condenado.

Dos tantos espinhos sejam flores a vestimenta!