SOLIDÃO

 

Lá fora é céu de breu, não tem lua

Cá dentro as paredes estão frias

Sinto falta das tuas mãos macias

À acariciar a minha pele nua...

 

Aborreço - me até com o tempo

O relógio não move o ponteiro

Arde-me em chamas o corpo inteiro

Clamo teu nome, só me ouve o vento...

 

E assim segue a noite em solidão

Os corvos grasnam como loucos

Cientes desta minha alienação!

 

Porque sem ti já nem me sei...

Sou partícula do que fui um dia

Quando me amaste tanto quanto o amei.