Anfíbio

No rio dos teus olhos quando nado,

Respiro de outro modo, submerso.

E alguma coisa leve em teu estado

Traz-me de alívio o vício do teu verso.

E nesses olhos teus sigo encantado...

Afoito à superfície, calmo imerso.

Prestes a me afogar, enamorado;

Prestes a mergulhar teu universo.

Meu fôlego se eleva fundo em ti.

E, fatalmente, as vezes que emergi,

não soube mais viver... livre, talvez.

Porque tu és o modo que eu respiro.

Se dentro dos teus olhos eu me atiro,

suspiro sobre a flor da tua tez.

Alex Olliveira
Enviado por Alex Olliveira em 07/02/2024
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