BERÇO

Dentro de pequeno berço

dorme um anjo mui pequeno.

Sono brando, tão singelo.

Seu rostinho é quase um terço.

A mãe afaga, beija, embala.

Sorrindo fala: - "Para sempre, meu'!

Canta o canto doce que o acalma.

Chamar-se- ia o pequeno: Romeu.

Mas o tempo passa. O guri cresce

E o berço não o acolhe mais.

Romeu não é Romeu. É Amadeu.

A mãezinha vira avó.

Depois se torna bisavó. Por fim ,

Quase que o bercinho a acolheu.

Berta Novick
Enviado por Berta Novick em 06/02/2024
Reeditado em 27/08/2024
Código do texto: T7993633
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