BERÇO
Dentro de pequeno berço
dorme um anjo mui pequeno.
Sono brando, tão singelo.
Seu rostinho é quase um terço.
A mãe afaga, beija, embala.
Sorrindo fala: - "Para sempre, meu'!
Canta o canto doce que o acalma.
Chamar-se- ia o pequeno: Romeu.
Mas o tempo passa. O guri cresce
E o berço não o acolhe mais.
Romeu não é Romeu. É Amadeu.
A mãezinha vira avó.
Depois se torna bisavó. Por fim ,
Quase que o bercinho a acolheu.