ANTES TARDE DO QUE NUNCA #MR#
Em arranjos regidos pelo acaso,
Meu amor chega tarde, como um fardo,
Quando a responsa pesa, todo enrolado,
Divide-me entre real e fantasia de um caso.
Ele chega, sem medir descompasso,
E deixa-me dividido, desamparado,
Entre o sonho e o encontro adiado,
Destino cruel, que abraça-me no espaço.
Oh, covardia do acaso impiedoso,
Unindo-nos fora do certo dia marcado,
Com a incerteza como vil tormento!
Mas, mesmo assim, sigo esperançoso,
Que um dia o destino será solidário,
E nos fará juntos viver o tempo invento.