Tarde sombria
Volve no olhar longuiquo,o vale nevoento
Lentamente agoniza o espaço corrugado
Transloucado momento transloucado...
Pássaros serpenteiam a dobra do vento...
Entrelacam-se a rota do raio dourado
Aeroplano rabisco o vácuo...lento
Pensamento contrasta pensamento...
Aparece o primeiro anelante estrelado.
Entardece na face,o horizonte deflagra
A esfera plena,a longitude do arrebol..
Consagrada a beleza,o segredo consagra.
E o último vislumbre E o último complexo
Como a tarde sombria, outro dia de sol...
E esse encanto a visão embate no reflexo!
Crisofitas . poesias
Julio Moreira