SONETO (303)
Quão voraz e estranha é esta loucura,
Que destroça meu ser e minha nobre alma
Quando, simplesmente, penso em você.
Sinto-me vivo e feliz, mas ao tocar tua tez,
Tropeço em tudo que acredito e deixo
Aflorar junto com os meus sentimentos;
E sem entender estes marasmos violentos
Deparo com a verdade que sinto e vejo.
Quando te olho e avisto a exuberância,
Que sentirei ao explorar as tuas entranhas
Sinto-me como tempestade de verão:
Potente e capaz de incendiar-te a distância,
Mas aos poucos, essa excitação estranha,
Torna-se sentimento que nos leva à paixão.