BELEZA E FEIÚRA DO SOL. Poema "soneteano"
Autor Valdir Loureiro
O Sol tem um semblante curioso:
É bonito ao nascer e no poente;
É feioso quando se torna quente
Como brasa de brilho luminoso.
Poucas horas em que esse astro é formoso
São suaves, de fase mais ligeira.
Já o tempo em que "esse rei" é fogueira
Arde muito com o seu brilho moroso.
Nessa estrela, há também uma lição
De brandura no tempo e na porção
Aplicáveis a mim, na vida inteira.
E quem mais contemplar o Astro-rei
Vai notar um exemplo desta lei:
A beleza é suave e passageira.
NOTA: poema acima em 14 Decassílabos com estrutura do soneto italiano (2 quartetos e 2 tercetos) no ritmo de Martelo Alagoano da Poética de Cordel.