BELEZA E FEIÚRA DO SOL. Poema "soneteano"

Autor Valdir Loureiro

O Sol tem um semblante curioso:

É bonito ao nascer e no poente;

É feioso quando se torna quente

Como brasa de brilho luminoso.

Poucas horas em que esse astro é formoso

São suaves, de fase mais ligeira.

Já o tempo em que "esse rei" é fogueira

Arde muito com o seu brilho moroso.

Nessa estrela, há também uma lição

De brandura no tempo e na porção

Aplicáveis a mim, na vida inteira.

E quem mais contemplar o Astro-rei

Vai notar um exemplo desta lei:

A beleza é suave e passageira.

NOTA: poema acima em 14 Decassílabos com estrutura do soneto italiano (2 quartetos e 2 tercetos) no ritmo de Martelo Alagoano da Poética de Cordel.

VALDIR LOUREIRO
Enviado por VALDIR LOUREIRO em 01/02/2024
Reeditado em 01/02/2024
Código do texto: T7989456
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