LEGADO (SONETO)
Minha rima é meu legado,
meu vício, meu palácio assombrado!
Altivez da tez,
ao cair aos teus pés...
Meus princípios e licitude,
erros de juventude;
mas o que escapa das mãos,
se toma pelas emoções...
Minhas rimas são assim:
triste, monótonas e infeliz,
às vezes demônio outras, querubim;
E ainda assim, julgo-me feliz.
Sou um pouco clero, majestade e plebeu;
tenho tanta fé e às vezes ateu.
Rio de Janeiro, 30 de Janeiro de 2024.