LEGADO (SONETO)

Minha rima é meu legado,

meu vício, meu palácio assombrado!

Altivez da tez,

ao cair aos teus pés...

Meus princípios e licitude,

erros de juventude;

mas o que escapa das mãos,

se toma pelas emoções...

Minhas rimas são assim:

triste, monótonas e infeliz,

às vezes demônio outras, querubim;

E ainda assim, julgo-me feliz.

Sou um pouco clero, majestade e plebeu;

tenho tanta fé e às vezes ateu.

Rio de Janeiro, 30 de Janeiro de 2024.

Natomarkes
Enviado por Natomarkes em 31/01/2024
Código do texto: T7988634
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