COMO PUDE TE PERDER?
Se de “nós” ainda restar uma pendência,
Por favor deixe-a no tempo se estender.
Se dizes “nós” só por mera referência,
O que há em mim nunca irás entender.
Se for eu o único a sentir tal dependência,
Peço-te que não tentes esta reverter.
Se for meu esse vazio e a eloquência...
Torno-a em uma só... Ré, em ti ver e ter.
Mesmo que por louca auto condolência,
Nesse misto de saudade e de demência,
Na qual tua imagem há de me aparecer.
Na dor, no amor ou na simples querência,
Que seja doce o fel... Que incoerência!
Como pude desse jeito eu te perder?