MAIOR CIÚME. Poema "soneteano"

MAIOR CIÚME

Autor Valdir Loureiro

Leva contigo o meu ciúme aonde fores

Para lembrar como é demais minha paixão.

Se alguém vier falar contigo e dar-te a mão,

Arreda os pés, foge da sala aos corredores.

Eu sou o mais ciumento de todos os amores.

Só tu és capaz de entender o meu defeito;

Carrega o meu coração dentro do teu peito,

Que assim, eu fico o mais feliz dos trovadores.

Sustento o apego que me eleva aos teus braços,

Querendo ver para onde vão seguir teus passos,

Qual um menino manso, obediente e leal.

Paixão e amor, cuidado e apego à minha amada,

Quem sabe a deixem também tão enciumada

Que a recíproca do ciúme seja igual.

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NOTA: poema acima em 14 Dodecassílabos, na estrutura do soneto italiano (2 quartetos e 2 tercetos) no ritmo da música "Lua Branca", de Chiquinha Gonzaga.

VALDIR LOUREIRO
Enviado por VALDIR LOUREIRO em 29/01/2024
Reeditado em 27/02/2024
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