MENINO DE ENGENHO (série: um soneto para um livro)
Carlos, coitado, filho de assassino,
Teve que morar com o avô e as tias
Em um engenho e, por longos dias,
Perdeu sua ingenuidade de menino.
Com as escravas fez o que não devia,
E enquanto ia descobrindo a natureza,
Deflorou os caprinos da redondeza,
Tendo amadurecido em anarquias.
Viu seu avô fazer um justiçamento
Com um negro que não era culpado
Na enchente, viu gente no alagamento.
Não se pode dizer que fora bem criado
Ou que a criança virou homem no engenho,
Mas nele, um novo Carlos foi gerado.
Check List:
Estrutura:
Título:
Autor:
País:
Editora:
Tradutor:
Edição:
Ano de publicação:
Prefácio:
Notas adicionais:
Prêmios:
Número de páginas:
Posfácio: