JAZ O AMIGO DO POETA #M#
Hoje, mais um parceiro de bar faleceu.
Apostou que tomava um corote de uma só vez. Do buteco da Raimunda, era o melhor freguês. Logo, será só mais um desse devastador coliseu.
Em nome dele, várias doses o poeta bebeu.
E prometeu não beber mais na embriaguez. Porém, nem a morte da mãe foi motivo de lucidez.
A sua sanidade para o álcool já perdeu.
Nos doze passos, caiu em vinte e quatro.
Vive caído pelas calçadas e ruas do bairro.
Os filhos têm vergonha desse seu retrato.
A família já fez mil promessas pedindo socorro. O álcool já desfez sua figura humana.
Brigas, escândalos, já até foi em cana.
SONETO AUTOBIOGRÁFICO