Frágil  folha de árvore  num canto

Num poente da vida mal acabado 

Depois de destilar todo meu pranto

Céu  avermelhado sempre atado

 

Nunca mais vi um amanhecer

A alvorada juvenil do que já passou

Não é  isto que possa parecer

Das marcas na face do que  ficou

 

Crepúsculo  de uma vida  mouca

Versos caídos de uma árvore tola

O sol se pondo no horizonte

 

Vou cantar na língua do pássaro

Um uníssono  canto mais raro

Beber da água cristalina da fonte

 

 

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Ana Pujol
Enviado por Ana Pujol em 27/01/2024
Código do texto: T7985768
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