Soneto do amor desmedido

No peito, o amor se faz desmedido,

Transborda em versos, num eterno apelo,

Como o mar que abraça o próprio arrebol,

E em ondas de paixão, se vê perdido.

É fogo que arde, intenso e incontido,

E em cada olhar, revela-se singelo,

Percorre a alma, como um doce zelo,

E planta em nós um sentimento ungido.

Oh, amor! Que ultrapassa o próprio abrigo,

E voa leve, como um passarinho,

Por entre céus de um azul marinho.

Assim, o amor, em seu fulgor sozinho,

Deságua em nós, em gesto compartido,

E eterniza-se em cada desalinho.

Yasmim Castro
Enviado por Yasmim Castro em 26/01/2024
Código do texto: T7985212
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