SÍSIFO
Sendo ele o mais astuto dentre todos os mortais,
Provocava todos os deuses e aos seres terrenos.
No seu engenho de malícia enganava aos rivais,
E seu destino permeia o imprescindível exemplo.
Mirando uma ave rapace com a donzela a passar,
Não guardou o segredo almejando granjear mais.
E por uma fonte compra a ira de Zeus e seu azar:
Para Thanatos e Hades é entregue o astuto rapaz.
Na mansão do óbito ele aprisiona a severa morte,
Volta à vida, causando mais revolta aos inimigos,
E ao submundo é levado outra vez, sem tal sorte.
Lá o castigo é eternamente a colossal pedra levar,
O trabalho é repetido, mas vale o suor dependido,
Se em troca ao esforço sua dura Vida puder amar.