A INQUILINA SAUDADE...
Enquanto a viagem transcorre sonolenta
a visão vasculha embevecida o horizonte,
buscando a cada olhar, o fim do vazio
que brota e fugidio desaparece... Eu atenta!
Não sei se observo os campos, árvores ou o casario.
Tudo vai ficando para trás... E até uma fonte
em meio a pedras, seixos e samambaias!
Ah! Viajar acalma as dores, traz leveza!
A gente esquece intempéries, manda às raias,
fecha os olhos e tem momentâneo, a certeza
de que o passado já se foi de verdade...
Mas a cada curva, fantasmas a nos alugar
D'outras viagens, d'outros personagens que vêm no lugar
porque o inquilino da alma será sempre saudade...