PERDÃO!
Se já me esbofeteias agressivo,
meu filho, por conta desse teu furor,
abençôo-te sereno cheio de amor,
no rosto um sorriso compreensivo
Tens razão, bendito, fica com tua mãe
Errei, a mim o acinte, completa o desamor
Minha falha permite que eu apanhe
Bate, filho, bate, meu rosto é teu tambor
Se talvez, enfim, puderes perdoar-me,
filhinho, meu papai voltando a chamar-me,
feliz, embora com o rosto machucado
Tantos são os bofetões – eu os mereço!
terás sempre meu carinho e meu apreço
Direi: meu filho, tu estás perdoado!