A FANTASIA DE AMAR


Não é deveras mentiroso um poeta,
posto que simples escultor de palavras?
E se, tantas vezes, a verdade sonega,
releve, é só para esquecer as mágoas

Do poeta que sonha ousas duvidar?
Tu não percebes que o bardo é lúdico,
que brinca com a fantasia de amar
e ama assim, disfarçado de pudico?

Desconheces o espírito do lírico,
seu ar perdido, seu senso onírico?
compreendo, és pragmático deveras!

Que de sonhar e amar não se dá o direito
e o impossível faz para se ver perfeito,
como se um homem assim houvera!
Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 31/12/2007
Reeditado em 08/07/2008
Código do texto: T798335
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