A FANTASIA DE AMAR
Não é deveras mentiroso um poeta,
posto que simples escultor de palavras?
E se, tantas vezes, a verdade sonega,
releve, é só para esquecer as mágoas
Do poeta que sonha ousas duvidar?
Tu não percebes que o bardo é lúdico,
que brinca com a fantasia de amar
e ama assim, disfarçado de pudico?
Desconheces o espírito do lírico,
seu ar perdido, seu senso onírico?
compreendo, és pragmático deveras!
Que de sonhar e amar não se dá o direito
e o impossível faz para se ver perfeito,
como se um homem assim houvera!
Não é deveras mentiroso um poeta,
posto que simples escultor de palavras?
E se, tantas vezes, a verdade sonega,
releve, é só para esquecer as mágoas
Do poeta que sonha ousas duvidar?
Tu não percebes que o bardo é lúdico,
que brinca com a fantasia de amar
e ama assim, disfarçado de pudico?
Desconheces o espírito do lírico,
seu ar perdido, seu senso onírico?
compreendo, és pragmático deveras!
Que de sonhar e amar não se dá o direito
e o impossível faz para se ver perfeito,
como se um homem assim houvera!