A flor vegetal
Concisa a fome,tece a sede,ultraje o vico
Desejo ardente.de brandura,arrasta
Do medo venial,tempo vergasta...
Traz o gosto do tempo,enredo de feitiço.
Cola o ombro,o peso da idade, maciço
As vozes do desejo,o deleite contrasta
A alma sensorial,a ternura nefasta...
E que o prazer divino,o olhar alvadico.
Desejo que maltrata,que imola,que lança
Uma maneira mística,o gosto natural...
A forma do extrato,a fome da vingança.
Da sede do desejo,como elos maiusculos
O vico de delícia,expele a flor vegetal...
Desce da mesa lisa,tais vagos crepúsculos!
Crisofitas. poesias
Julio Moreira