SALVO ENGANO...
Que eu me lembre... E bem me lembro,
Te disse mais de mil vezes “eu te amo”,
Sem qualquer resposta nesse tempo...
Mas hoje não vivo daquela veste o pano.
Que eu me lembre... E disso relembro,
De tudo que te disse e mais um tanto,
Dessa linguagem, e até hoje eu tento,
“Esquecê-la” já me parece um espanto.
Um assombro nessas noites espessas,
Nas quais o certo é igual as incertezas,
E as luas são meros sinais de lobo insano.
E na alma vira o corpo de ponta cabeça,
E que eu me lembre... Eu tinha certeza,
Que não me amavas... Salvo engano.