SALVO ENGANO...

Que eu me lembre... E bem me lembro,

Te disse mais de mil vezes “eu te amo”,

Sem qualquer resposta nesse tempo...

Mas hoje não vivo daquela veste o pano.

Que eu me lembre... E disso relembro,

De tudo que te disse e mais um tanto,

Dessa linguagem, e até hoje eu tento,

“Esquecê-la” já me parece um espanto.

Um assombro nessas noites espessas,

Nas quais o certo é igual as incertezas,

E as luas são meros sinais de lobo insano.

E na alma vira o corpo de ponta cabeça,

E que eu me lembre... Eu tinha certeza,

Que não me amavas... Salvo engano.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 23/01/2024
Código do texto: T7982592
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