Aqui dentro
30 de Agosto de 2003, 19h20.
Voar sem rumo, durante a vida que sonho
contigo, o carinho é assim sentido -
como aquele abraço puro- simples pedido:
repouses ao meu peito; faz de mim risonho!
Há como sentir aquele mesmo amor a dois?
Sim, domino, no entanto, a vontade de novamente
amar, dizer venalmente ao coração o que sente
e do cuidado que precisa; e deixo para depois…
Assim, por fim, definho sem querer te dizer
o quanto o seu ar é importante para nós,
tal qual se faz o céu negrume entre minha voz.
Aprendi então a chorar sorrindo, ainda que não
sucumbo à pena, almejo-te em gritos roucos -
pois de amor não se mata: morre-se aos poucos.