O MUNDO SE DESPEDAÇA (série: um soneto para um livro)
Vou-me embora para África, Okonkwo
Lá sou amigo do rei...sou um colono
Já para quem era seu antigo dono:
Ame-a (se submeta) ou deixe-a e pronto!
Do micro universo que te fez Deus
Sobraram ruínas, cinzas entre escombros
Causavas júbilos...hoje só assombros
Suscitam de todos os atos teus.
O teu mundo aos poucos se despedaça,
E não adianta ficar juntando cacos:
Tuas tradições, honra ou tua nobre raça.
O monstro do mundo civilizado
Traz na mão direita o pão das desgraças
E não há quem ponha ré em seu traçado.
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