DESONRA (série: um soneto para um livro)

E agora, David? A festa acabou!

O mundo girou e você estagnado

Quer insurgir contra o que foi mudado

Quis parar tudo, mas nada parou.

Fuja! Soberbamente, mas sem honra,

Expulso e já publicamente exposto,

Não dê a seus acusadores o gosto

De fingir que você sente vergonha.

Vá ter com tua filha, por ela entenda

Que dói ser moralmente desonrada,

[Mas você não se dobra à repreenda]

Caro David, ninguém sente a tua falta

Está sem ternos de vidro, sem renda

Sem valor, sem honra, sem paz, sem nada!

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Saulo Palemor
Enviado por Saulo Palemor em 22/01/2024
Reeditado em 21/02/2024
Código do texto: T7982105
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