Lábios de sal
Como o triste lamento do urutau
Em minha mente, uma voz ecoa,
Como o gélido vento matinal
Me faz arrepiar, em mim ressoa.
E junto, eu me vejo lamentar,
Parece que não posso dizer nada,
Em minhas noites, ouço ecoar
Choro de uma princesa aprisionada.
Então, chorando, tento dar-te luz,
Com palavras, abraços, ou cortejos,
E embora saiba que é pesada a cruz
Tento acalmar seu peito com um beijo.
Porém com isso, só seus lábios salgo.
Eu só quero poder te fazer algo!