COMPAIXÃO PELA MERETRIZ. Poema "soneteano"
Autor Valdir Loureiro
Quando eu digo que sinto compaixão
Pelo amor teatral da meretriz,
Não estou a querer seu coração:
Quero a estrela brilhante e mais feliz.
Talvez uma acumule ouro e rubis;
Outra, more em castelo ou palacete.
Mas alguma não ganha um ramalhete
Com as flores da noite, como atriz.
Seu teatro não é um verdadeiro.
O seu palco de "shows" é traiçoeiro,
A dançar sem as mais íntimas peças.
Nesse caso, faz pena uma donzela
Ser estrela apagada à luz de vela
E fazer "show" e dança como essas.
NOTA: poema acima em 14 Decassílabos com estrutura do soneto italiano (2 quartetos e 2 tercetos) no ritmo de Martelo Alagoano da Poética de Cordel.