MINHA AURORA...
Eu sou o que sou , o verbo ser, sem mais nem menos
Gerúndio sendo eu exatamente em mim
Vivendo sem os lastros do passado, enfim,
Livrando-me dos sonhos, quando são pequenos...
Eu sou o que sou, antídoto aos meus venenos
Espinho que defende as rosas num jardim
Eu posso ser um fruto bom ou bem ruim
Sou gelo de Netuno ou vulcões de Vênus...
Eu sou o que sou deixando o que já fui sem paz
E o que serei é a sombra que ao ficar pra trás
Não vejo, pois meus olhos andam só no agora...
Eu sou o que sou ao fim, a luz do recomeço
Como a madrugada ao sol é escuro berço
Eu sou na absoluta treva... A minha aurora...
Autor: André Luiz Pinheiro
16/01/2024