Berço sombrio
Escorre solta,sobre a faixa,a pedra bruta
No recôndito espaço,a voz do templário
A esbaldar-se fulgor, mármoreo berçário
Mitiga o estro da fonte,a pleura da gruta
E a vibração sedenta,arrebata o Calvário
Como a flor de naiada,o primores debuta
O suave suspense que a brisa desfruta
E aflora o rito,o oásis,sublime cenário...
Pulsa o germa da fonte,a fadiga das veias
Noite clara desdobra,gemes a moenda
Clama a amarga falência das vidas alheias.
Labora o velho engenho,o trabalho arredio
Cruza-se a cercanias oposta da vivenda...
Agrega a terra o esplêndido berço sombrio!
Crisofitas . poesias
Julio Moreira