Desculpa, mãe!
Eu nao levava desaforo para casa,
as desavenças eu andava à cata
respondia, se preciso, na lata
a minha paciência era rasa.
Eu tinha energia pra mandar brasas,
era bom de chute, soco, gravata,
mas hoje a idade é, comigo, exata:
aparou deste galinho as asas.
Eu, ah ah ah ah, dava nó em trilho
inda lembro ser chamado de filho
da puta por quem eu dava porrada.
Pobre mamãe, sofria as consequências
mas mudei, são outras minhas vivências,
desculpa, mãe, hoje sigo outra estrada.
Josérobertopalácio