Desculpa, mãe!

Eu nao levava desaforo para casa,

as desavenças eu andava à cata

respondia, se preciso, na lata

a minha paciência era rasa.

Eu tinha energia pra mandar brasas,

era bom de chute, soco, gravata,

mas hoje a idade é, comigo, exata:

aparou deste galinho as asas.

Eu, ah ah ah ah, dava nó em trilho

inda lembro ser chamado de filho

da puta por quem eu dava porrada.

Pobre mamãe, sofria as consequências

mas mudei, são outras minhas vivências,

desculpa, mãe, hoje sigo outra estrada.

Josérobertopalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 20/01/2024
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