A Cegueira do Ciúmes
Na penumbra de um coração sombrio,
O ciúme se entrelaça e cega a razão,
Em seu veneno, amor torna-se um rio,
De desconfiança, dor e solidão.
A vítima que traz consigo a cegueira,
De ver maldades onde havia só bondade,
Decrepita o afeto, a doce atmosfera,
E à paixão desfalece, em vã tempestade.
O ciúme traz o pranto e o desespero,
Por entre as sombras que ele mesmo cria,
Relações se desfazem, num grito derradeiro,
Deixando o triste fim como profecia.
Assim, o ciúme, em seus jogos perversos,
Destroça amores e cria tormentos adversos.